Polícia

Acusado de atear fogo em comerciante se apresenta à polícia de Feira

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Em depoimento, rapaz nega ter premeditado o crime  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 24/10/2014, às 05h53   Redação Bocão News (Twitter:@bocaonews)


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Gerônimo Navarro da Silva Filho, acusado de ter ateado fogo no comerciante Manoel Carlos Santana, 61 anos, em Feira de Santana, na tarde de sábado (18), prestou depoimento na Delegacia de Homicídios na quarta-feira (22). Também conhecido como Júnior ou Cabelinho, o acusado se apresentou ao delegado João Uzzum acompanhado por dois advogados e responderá por homicídio duplamente qualificado.

Em seu depoimento, Júnior alegou não ter agido de forma premeditada e que o fato de estar de “cabeça quente” foi determinante para a feitura do crime. Também alegando estar arrependido, o acusado não revelou o produto inflamável utilizado.

“Ele veio se apresentar para mostrar sua boa fé e contribuir com a percepção criminal do delito. Ele acabou tendo uma discussão com o Sr. Manoel e a partir daí gerou todo esse problema. Foi uma coisa de momento. Ele discutiu a respeito de um documento da casa, entraram em desavença e acabou gerando o que gerou. No calor do momento ele agiu sem pensar e não tinha noção do que estava fazendo. Ninguém era alvo dele. Ele não queria matar ninguém”, disse o advogado Antônio Onofre ao site Acorda Cidade.

Apesar da prisão preventiva decretada por Uzzum, a mesma não pode ser cumprida imediatamente por conta da Lei Eleitoral (art. 236), que proíbe a prisão de eleitores cinco dias antes e até 48h horas após as eleições, exceto se o acusado for preso em flagrante.

Manoel Carlos morreu na tarde de domingo (19), no Hospital Geral Clériston Andrade, onde estava internado desde a tarde de sábado, quando foi torturado, e teve 99% do corpo queimado na distribuidora de frangos, de sua propriedade, localizada na Avenida João Durval.


O delegado João Uzzum disse que o acusado confessou o crime, mas foi contraditório em seu depoimento. Mesmo Júnior afirmando ter agido sozinho, as imagens das câmeras de segurança apontam a participação de outra pessoa no delito.


 Publicada no dia 23 de outubro de 2014, às 11h23

Classificação Indicativa: Livre

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