Polícia
Publicado em 20/10/2023, às 19h46 - Atualizado às 20h37 Pauliane Araújo e Victória Valentina
As facções criminosas de todo o país estão cada vez mais preparadas para bater de frente com as forças policiais. Na Bahia, e principalmente em Salvador, os moradores das comunidades ficam reféns da criminalidade. Mesmo com diversas operações certeiras das polícias civil, militar e federal para prender as lideranças e desarticular as facções, os grupos parecem estar muito bem treinados para o enfrentamento.
Diversos grupos estão recebendo treinamentos militares, além de estarem carregados com armamentos pesados. Em entrevista ao podcast PodZé, da BNews TV, o policial civil e coordenador da CORE, Douglas Pithon, revelou que muitos grupos são preparados por ex-militares, que ingressaram para a vida do crime.
A média anual de baixas nas forças armadas no país é de 70 a 80 mil pessoas. Uma parte consegue continuar servindo no exército depois do serviço militar. Uma outra parte, no entanto, que não é absorvida pelo mercado de trabalho formal, acaba no mundo do crime.
Segundo o desembargador Geder Luiz Gomes, essa realidade é histórica e já acontece há cerca de 30 anos. "O que se evidencia no serviço oferecido por essas pessoas é um tecnicismo perigoso, porque, por exemplo, o tráfico normalmente compra todo tipo de armamento, agora não, está sendo seletivo nessa compra. Os deslocamentos já estão sendo feitos dentro das comunidades com toda uma formação militar, em silêncio, em grupo, de forma camuflada, sem deixar vestígios (...) Já há um profissionalismo muito grande feito pelo crime organizado, exatamente a partir do ensinamento do próprio estado, que treina essas pessoas nas forças armadas", explica.
Assista à reportagem do BNews:
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