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Operação da PF apreende quase R$ 3 milhões em espécie, carros de luxo e contratos; entenda

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A operação da PF é um combate às fraudes no programa de compra e distribuição de leite para pessoas em Pernambuco  |   Bnews - Divulgação Divulgação / PF

Publicado em 01/12/2022, às 09h13   Redação Bnews



Uma operação contra fraudes no programa de compra e distribuição de leite para pessoas pessoas em Pernambuco terminou com uma apreensão de R$ 2,8 milhões em dinheiro, nesta quarta-feira (30). De acordo com o G1, os policiais federais também apreenderam carros de luxo, contratos com empresas e celulares.

Na Operação Lácteos, realizada em dez cidades do estado, é investigado o desvio de ao menos R$ 8,5 milhões.

O governo do estado também é alvo das apurações. O dinheiro foi repassado pela União para a compra e distribuição de alimentos lácteos.

Por meio de nota divulgada na tarde desta quarta, a Polícia Federal informou que foram cumpridos 36 mandados de buscas e apreensão.

Os agentes recolheram R$ 1.010.800 e recursos em moeda estrangeira. Foram U$ 340 mil (cerca de R$ 1,77 milhão), além de 5 mil euros (o equivalente a R$ 27 mil).

Os veículos, uma BMW e uma Range Rover, e documentos estavam em uma das beneficiadoras de leite, no Agreste pernambucano. O nome dessa empresa não foi divulgado.

A PF informou que funcionários teriam tentado descartar o leite no momento da chegada dos policiais federais.

“Os peritos conseguiram coletar as amostras, em virtude de haver indícios de adulteração do leite fornecido no Programa Leite de Todos e merenda escolar”, informou a PF, no comunicado.

Após a deflagração da operação, a Controladoria-Geral da União (CGU) apontou “falhas grotescas” nos ratos do programa de distribuição de leite.

O superintendente da Controladoria regional da União em Pernambuco, José William Gomes da Silva, detalhou os problemas detectados nos contratos.

Segundo ele, houve falhas na convocação pública para participação das empresas nos procedimentos, além da falta de controle de entrega do leite pelos produtores e de comprovação de pagamentos.

Também foram registrados problemas nas prestações de contas. “Diversos indícios levam ao cometimento de fraudes na execução do programa alimenta Brasil no estado de Pernambuco”, declarou.

Ainda segundo ele, a operação procurou levantar provas para mostrar que determinados produtores não foram contratados pelas cooperativas. Ainda de acordo com José William, elas foram usadas como fachada.

A partir do encerramento do inquérito, os documentos e provas serão enviados para a Corregedoria-Geral da União.

“A ideia é mostrar a atuação das empresas. Caso seja confirmada a participação de servidores públicos federais, serão abertos procedimentos administrativos disciplinares”, informou.

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