Clínica esconde pacientes no mato para ocultar superlotação durante vistoria

Uma clínica clandestina na cidade de Nova Aliança, no interior de São Paulo, virou alvo de inquérito instaurado pelo Ministério Público para apurar relatos de maus-tratos, superlotação e cárcere privado praticados contra pacientes. As informações são do Metrópoles.

Autoridades policiais fecharam o estabelecimento no último dia 21. Durante a vistoria, internos revelaram estar na clínica contra a própria vontade, afirmando que os contatos com familiares eram monitorados e que o número de colchões era inferior a quantidade de pessoas.

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Ainda segundo os pacientes, o espaço tinha forte odor de urina, além de outras situações insalubres. De acordo com o boletim de ocorrência, 38 pessoas foram encontradas na clínica para tratamento psiquiátrico e contra dependência química.

Outros 20 pacientes foram encontrados escondidos em uma área de mata para ocultar a superlotação. Já os voluntários do estabelecimento afirmaram que trabalhavam em troca de alimento e moradia no estabelecimento, que não possuía alvará registrado junto à prefeitura.

Segundo a Polícia Militar, os familiares dos pacientes pagavam até R$ 1,3 mil pelo tratamento, mas a unidade não possui sequer registro de alvará de funcionamento.