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Acusados de matar estudante, advogado e empresário permanecem em liberdade

Imagem Acusados de matar estudante, advogado e empresário permanecem em liberdade
Marcelo Lima foi morto em 2006 na área VIP do Oktoberfest   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 09/10/2013, às 07h05   Alessandro Isabel (twitter: @alesandroisabel)


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8 de outubro de 2006. Essa é a data que marca a vida da família Lima. Há exatos 7 anos, pai, mãe, irmãos e amigos lamentam a morte de Marcelo. O jovem foi espancado até morte na área VIP do Oktoberfest - evento promovido no Clube de Campo Cajueiro (CCC), em Feira de Santana, distante 109 quilômetros de Salvador. 

De acordo com informações do processo que permanece sem desfecho, Marcelo Lima morreu após ser espancado durante uma confusão que se formou no camarote do evento, promovido à época pela K2 Produções e a Bicho de Seda.

Conforme o que foi apurado pela polícia, o estudante, que sofreu traumatismo craniano, teria sido agredido por dois homens quando tentava tirar o amigo de uma briga generalizada. O promotor público Cláudio Jenner de Moura Bezerra denunciou o advogado Deraldo de Oliveira Pereira Filho e o empresário Pedro Henrique Oliveira Ribeiro, filho do atual vice-prefeito de Feira de Santana, Luciano Ribeiro Santos (DEM), pela morte de Marcelo, estudante de Engenharia Civil.

Apesar de acusados pelo Ministério Público (MP), o advogado e o empresário permanecem soltos, respondendo o processo em liberdade. Deraldo e Pedro Henrique foram denunciados pelo MP por homicídio qualificado e ainda ão existe previsão de quando deverão responder pelo crime que chocou o Estado.


Mesmo após a condenação em todas as instâncias no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o processo foi levado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), pelos advogados dos acusados. Em Brasília, a decisão foi confirmada. Segundo parecer do ministro Arnaldo Esteves Lima, em 2010, a ação não contava com toda a documentação e Esteves decidiu pela condenação dos dois em julho de 2012. Mesmo com o parecer do TJ-BA e do STJ, os acusados ainda aguardam a fixação da pena pelo juiz de Feira de Santana.

Para Lorena Lima, irmã de Marcelo, mesmo com todas as provas comprovando a intenção de matar, os acusados vivem com a certeza da impunidade. “Eles fazem parte de famílias influentes em Feira de Santana, e o caso vai se arrastando até quando, só Deus sabe. Mas, não vamos desistir”, garante a jovem, que exige celeridade na apreciação do processo na Justiça.

A reportagem do Bocão News tentou manter contato com Luiz Carlos de Carvalho Bahia Neto e Fernando Santana Rocha, advogados de Pedro Henrique, e Antônio Sérgio Gonçalves Reis, advogado de Deraldo, mas não obteve êxito.

Nota originalmente postada às 13h do dia 8

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