Geral

Manifestação pacífica vira palco de guerra

Roberto Viana
Polícia agiu fortemente contra manifestantes na chegada do ato  |   Bnews - Divulgação Roberto Viana

Publicado em 22/06/2013, às 19h41   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)



De pacífico para palco de guerra. A manifestação do Passe Livre, que teve início no Campo Grande, na tarde deste sábado (22), começou com um grupo pequeno e pacífico. Saindo do Campo Grande, a passeata seguiu pelo Vale do Canela, Avenida Garibaldi, Lucaia e ACM. Ao chegarem a frente do shopping Iguatemi, por volta das 18h30, houve confronto.

A Polícia de Choque atirou bombas de gás lacrimogênio e gás de pimenta contra os manifestantes. Muitas pessoas voltavam da partida Brasil e Itália, na Arena Fonte Nova e foram atingidos. Mesmo sem revidar, os manifestantes eram atingidos com as bombas.

Homens e mulheres se sentiam mal com o forte ardor nos olhos e no corpo. Uma mulher precisou ser socorrida pelos manifestantes. Duas foram presas enquanto discutiam com os policias.

Desta vez, e diferente do que anunciou o governo do estado, a polícia agiu fortemente contra os protestantes. Até às 19h, o grupo já havia se dispersado e a polícia assumiu o controle. O cenário de guerra ficou. Os pontos de ônibus em frente ao shopping foram totalmente destruídos, assim como as lixeiras e as placas de propaganda.

De acordo com informações, o confronto no Iguatemi só aconteceu após a chegada do grupo que já havia se confrontado com os policiais no Vale dos Barris, quando tentaram furar o bloqueio policial em direção à Arena Fonte Nova.


Muitos manifestantes reclamaram da brutal ação da Polícia, já que o movimento seguiu pacificamente até o Iguatemi. “Não entendo porque isso, estivemos em paz até agora e quando chegamos aqui encontramos essa reação”, disse um dos estudantes.

Um grupo de policiais foi cercado pelos manifestantes que contestavam a ação. Para afastá-los, expiraram gás de pimenta no rosto das pessoas.

Na paz

Ao saírem do Campo Grande, cerca de 200 pessoas seguiram pelo Vale do Canela. De acordo com a organização do movimento, a passeata seria pacífica, e não haveria confronto, assim como maconteceu na primeira manifestação, na última segunda-feira (17).

O tenente coronel Baqueiro, também garantiu organização e segurança aos manifestantes.

No caminho, muitos iam aderindo ao movimento. Com faixas e gritos que pediam o passe livre, melhorias no transporte, redução da tarifa, bilhete único, reforma política, contra a PEC 37, e mais investimentos na educação, o grupo seguia pacificamente.

A polícia militar acompanhava o grupo, bem como a Transalvador.

Ao chegarem na Avenida Garibaldi, próximo ao monumento Cleriston Andrade, mais manifestantes que haviam partido do Iguatemi se juntaram ao grupo inicial, chegando a cerca de 2 mil pessoas. Até o Iguatemi, o grupo já havia crescido, com cerca de 5 mil manifestantes, quando ocorreu o confronto.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp