Geral

Tragédia no Rio: números de mortos pela chuva não param de subir

Imagem Tragédia no Rio: números de mortos pela chuva não param de subir
Só na manhã desta quinta (13), já são mais de 335 vítimas pela chuva em toda Região Serrana  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/01/2011, às 07h30   Redação Bocão news



Depois de dois dias de chuva forte que atinge a Região Serrana do Rio, já passou de 335 o número de mortos na área. Em Nova Friburgo, o número de vítimas passou de 107 para 168, até o fim da noite de ontem (12), segundo informou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Friburgo, na manhã desta quinta-feira (13).

Em Teresópolis, o número também subiu nesta manhã, passando de 130 para 146, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil de Teresópolis, Flávio Luiz de Castro. Segundo ele, mais 16 corpos foram levados para o IML do município no início da manhã. No final da noite desta quarta, o número de mortos na região era de 130. Em Petrópolis, o prefeito Paulo Mustrangi confirmou 34 mortes até as 22h30 de quarta.

Choveu forte durante a madrugada desta quinta-feira (13) nos acessos a Teresópolis. Na cidade, os bairros mais atingidos, segundo a Defesa Civil, são Caleme, Posse e Campo Grande. A Defesa Civil, que ainda não conseguiu chegar ao bairro de Campo Grande, acredita que mais de duas mil casas tenham sido destruídas pela chuva e que cerca de 150 corpos estejam na região. Eles vão tentar chegar a este bairro nesta manhã.
As buscas por outras vítimas na Região Serrana terão o apoio de helicópteros nesta quinta-feira (13). Durante a madrugada, uma chuva fraca atingiu as cidades de Teresópolis e Petrópolis, mas sem registro de novos deslizamentos. Em Nova Friburgo, a comunicação ainda é precária, já que o sistema de telefonia foi atingido.

A região serrana é formada por montes cobertos pela Mata Atlântica, onde os solos são mais instáveis e mais propensos a deslizamentos. A construção de casas e prédios em vales, próximos a rios, também facilita as formação de enchentes. Em 1988, um temporal havia deixado 171 mortos em Petrópolis, na maior tragédia provocada pela chuva na região serrana até hoje.
Famílias inteiras morreram com a força da enchente ou com deslizamentos. Em alguns pontos, rios subiram até 5 metros e invadiram casas enquanto os moradores dormiam. Centenas de casas foram varridas pela terra que desceu as encostas, arrastando árvores e pedras.
Com ruas e estradas bloqueadas, equipes de buscas têm dificuldade para remover corpos ou tentar resgatar moradores presos sob escombros. A pedido do governador Sérgio Cabral, a Marinha colocou à disposição dois helicópteros para transportar homens e equipamentos do Corpo de Bombeiros para a região serrana. Partes das três cidades ficaram sem água, telefone e energia elétrica.

Informações do G1

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp