Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (22) os funcionários do jornal A Tarde decidiram não aceitar a proposta da empresa de reajuste de 1.62%. Pela manhã, houve mais uma tentativa de acordo, desta vez com a intermediação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), quando representantes do jornal apresentaram o índice.
De acordo com o advogado da empresa, Rui João Ribeiro, diante das dificuldades de A Tarde, a proposta do percentual de 1.62% é um avanço e demonstra a disposição da empresa em chegar a um entendimento. "O balanço divulgado pelo jornal mostra que o lucro líquido de 2010 foi de pouco mais R$ 870 mil, o que não cobre nem o pagamento de uma folha de pessoal", argumentou Ribeiro.
Durante a reunião foi proposto pelo intermediador que a empresa discuta internamente a possibilidade de, além do percentual apresentado, incluir a possibilidade de oferecer benefícios sociais aos funcionários. Na próxima quarta-feira (29), às 15 horas, nova rodada de negociação acontece na sede da SRTE.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas (Sinjorba), Marjorie Moura, informou que as categorias envolvidas na mobilização (jornalistas, gráfcos e pessoal administrativo) não aceitaram a proposta, insistindo no reajuste de 6.3% referente ao INPC oficial, o que será informado na reunião de quarta.
Em 2010 os funcionários de A Tarde receberam aumento de 5% conquistado com a ameaça de dissídio coletivo, que não chegou a ir para a Justiça. Diante da proposta de reajuste zero, as categorias se uniram na mobilização, decretaram o estado de greve, realizaram apitaços e levaram o movimento para a rua com a disposição de decretarem greve.
Fotos:
Roberto Viana // Bocão News
