Esporte

Pai de atleta agredido cobra "providências" do Vitória

Imagem Pai de atleta agredido cobra "providências" do Vitória
Diretor da base do time baiano rebate as acusações  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/10/2014, às 10h10   Yuri Barreto // Galáticos Online


FacebookTwitterWhatsApp

Engana-se quem pensa que o caso do atleta Felipe Carmel, de apenas 13 anos, que teria sido agredido dentro da Toca do Leão pelo atacante Wellingon, de 20 anos, foi resolvido. Nesta segunda-feira (20), o pai do menor, Fábio Carmel, voltou à imprensa para denunciar o "descaso" por parte do clube.
Inconformado por não ter recebido o atendimento esperado do Vitória, Carmel cobrou atitude. "Não tive nenhum tipo de apoio, nem psicológico. Não estou aqui atrás de sensacionalismo ou atrás de brincadeira. Se eu não for pelo meu filho, quem vai? Se eu não correr atrás dos meus direitos, quem vai correr? Estou chateado, e não é pouco. Meu filho foi agredido. O Sr. João Paulo (Coordenador do Profissional), Sr. Manoel Matos (Diretor das Divisões de Base) e Sr. Carlão (Carlos Anunciação, coordenador da Base) nada fizeram, não tomaram providencias. Depois de duas horas do ocorrido, ele (Wellington) estava em campo. O primeiro que conversou comigo foi João Paulo e a preocupação dele era que o caso não caísse na mídia. Em nenhum momento se preocupou com meu filho. Isso é um belo exemplo para os atletas, porque vai voltar a ocorrer", reclamou em entrevista ao Arena Transamérica.
Fábio se disse espantado pela seriedade do caso, que trouxe sérias consequências para seu filho. "Não quero criar caso, minha chateação é pelo tratamento. Nada foi feito, nenhuma providência foi tomada. Meu filho teve uma fratura na raiz dos dentes. Ele perdeu dois dentes permanentes. Graças a Deus, não teve fratura no nariz. Mas, o trauma que a criança sofreu vale muito mais do que a fratura. Meu filho está em casa e não quer ir mais ao Vitória. Ele está com vergonha, com medo".
O pai da vítima ainda afirmou ter revirado o passado do jogador do time Sub-20, a quem já havia chamado de delinquente. "Procurei saber sobre ele, investiguei sobre ele. Ele vem dando problema desde as categorias de base. Inclusive com amigos da mesma categoria que ele, que me apoiaram na minha decisão".
Mas, ao ouvir a reclamação, Manoel Matos, diretor da Base rubro-negra, voltou a negar que Felipe tivesse sido agredido e preferiu defender a tese de que teria sido apenas "uma brincadeira de mau gosto". "Agressão é quando uma pessoa, propositadamente, vai a outra pessoa e a atinge de forma maldosa, querendo que a outra se machuque. Quando digo que foi brincadeira de mau gosto, é porque ele fez a brincadeira, não mediu as consequências e quando ele escorregou, bateu com a boca no chão. Quem deu assistência nos primeiros momentos foram as próprias pessoas que estavam brincando".
Para emitir a opinião, o dirigente garantiu que se baseou em imagens registradas do acontecimento. "Quando ele (Fábio) ver a imagem que eu vi, ele vai ver que não teve agressão. Não estou dizendo que o Vitória não tem responsabilidade, que o Wellington não tem. O Vitória ficou preocupado com a criança, logo no primeiro momento. Depois, fomos assistir às imagens. Depois, procurei o Fábio, tentei falar com ele, não consegui, passei uma mensagem de áudio e deixei meu número pessoal para que ele me procurasse".
Matos ainda defendeu Wellington das acusações de ser recorrente em problemas dentro do clube. "Em dez meses que estou lá na base, não tenho nenhum histórico desse atleta".
Mas, as palavras de Manoel Matos não amenizaram a dor sentida por um pai que foi surpreendido ao encontrar seu filho com o rosto, de acordo com o mesmo, "arrebentado". "Vou até as últimas consequências. Isso não pode ficar assim", concluiu Carmel. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp