Vampeta minimiza acusação de racismo de jogador do Flamengo: "Muito esquentadinho com tudo"

Ex-jogador do Vitória e seleção brasileira, Vampeta minimizou a acusação de racismo de Gérson, meia do Flamengo, contra o jogador do Bahia, Índio Ramírez, em caso que teria acontecido na partida disputada neste domingo (20).

Em participação no programa "Mesa Redonda", da TV Gazeta, o volante aposentado naturalizou o ato que diz ser normal em partidas de futebol. Campeão do mundo em 2002, Vampeta assegurou que assistia ao jogo e disse que Gerson estava "muito esquentadinho com tudo".

VEM AÍ?

Soltinho na pista, Lucas Buda investe em ex-BBB; saiba quem

EX-MAGNATA

Após acusações de assédio, ator revela que está com problemas financeiros

"Este final de semana eu estava em Sorocaba em um evento com o Amaral [também ex-jogador], a gente estava no mesmo carro e ele falava: 'Vampeta, está muito chato este negócio na bola de qualquer coisinha [ser racismo]... pô, a gente se chama de negão, chama de macaco...'. Eu estava vendo o jogo e o Gerson estava muito esquentadinho com tudo. Joga muito, merece uma oportunidade na seleção, mas eu não vi [o caso] para tanta... de negro, não sei o que... no calor do jogo", disse o comentarista.

Em seguida, o apresentador Flávio Prado e o jornalista Benjamim Back tentam convencer Vampeta sobre a reação do jogador do rubro-negro. "A ofensa é uma coisa que você recebe cada um de jeito, é uma coisa muito pessoal. Uma vez falei com uma amiga negra sobre isso e ela falou: 'cara, você só sabe o que dói se você sentir'", disse o apresentador.

O jogador aposentado reagiu e negou que estivesse "defendendo" condutas racistas, mas voltou a dizer que o assunto é normal em jogos de futebol.

"Eu não estou defendendo essas coisas não, pelo amor de Deus. Mas no futebol, por exemplo, eu jogo na Vila Maria. Lá tem de tudo, coreano, boliviano... 'Toca a bola, Bolívia'. 'Ô alemão, toca a bola'. 'Ô, chinês, e aí?'. Então se todo mundo for para a televisão", respondeu o ex-volante.

Back também tenta explicar a diferença entre as situações. "É diferente quando você tem uma liberdade com a pessoa. Eu sou judeu, e quando amigos brincam com alguma coisa é lógico que você não vai melindrar. Você falar negão para o amigo, [ele] sabe que não tem nada. Agora você virar para um cara no meio do jogo e falar: 'ô, seu macaco'. Tá maluco, cara?", indagou.

"Mas você viu que o Gérson não falou isso", justificou Vampeta. As informações são do UOL.