Economia & Mercado
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) defendeu, nesta sexta-feira (22), a retomada do horário de verão no Brasil. De acordo com a entidade, a mudança pode estimular o consumo em bares e restaurantes, fortalecendo a economia do país.
“O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de um modo geral”, afirmou Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
“Além disso, seria favorável para todo o país, afinal contribui para a economia de energia e reduz custos operacionais nas empresas, mesmo que não estejamos no momento com risco de desabastecimento”, complementou o representante do setor.
O horário de verão, que adianta os relógios em uma hora, foi adotado no Brasil pela primeira vez em 1985, motivado pelo risco iminente de crise hídrica. A Bahia chegou a adotar o modelo, mas abriu mão da ideia no início do século 21.
Em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), o horário de verão, que era aplicado no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil até 2018, foi encerrado pela administração federal em todo o país.
Na avaliação da área técnica do Ministério de Minas e Energia, agora sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a retomada do horário de verão não se faz necessária, já que não há mais um risco iminente de crise hídrica no Brasil. A Abrasel, porém, acredita que esta é uma visão limitada.
“O pessoal técnico tem uma visão muito focada, que não considera os benefícios que a mudança traz para a sociedade como um todo. Por isso temos a certeza de que a questão será mais bem avaliada pelo governo, levando em conta os aspectos positivos, ambientais, sociais e econômicos, que a mudança traz aos estados em que é adotado o horário de verão”, disse Solmucci.
Ainda na avaliação do presidente da Abrasel, a retomada do horário de verão, que é adotado há anos pela União Europeia e pelos Estados Unidos, poderia aumentar de 10% a 15% o faturamento do setor de bares e restaurantes, já que haveria um ganho de até duas horas diárias no movimento de pessoas nos estabelecimentos.
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