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Saiba quais bancos digitais rendem mais que a poupança e as melhores aplicações sugeridas por especialistas

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Especialistas dão dicas sobre como reconhecer quais bancos digitais são os mais rentáveis  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 14/11/2023, às 05h30   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Bancos digitais têm se destacado no mercado financeiro, oferecendo opções de investimento mais atraentes do que a tradicional poupança. Daniel Santos, CEO e cofundador da Poupou, empresa especializada em educação financeira, compartilha insights sobre porque algumas pessoas ainda optam pela poupança e destaca as alternativas que podem oferecer rendimentos superiores, mantendo a segurança do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

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Uma das vantagens dos bancos digitais é a possibilidade de rendimento direto na conta corrente, facilitando para aqueles que esquecem de direcionar dinheiro para investimentos específicos. No entanto, a questão persiste: por que muitas pessoas ainda preferem a poupança? A resposta pode estar na percepção de segurança e facilidade de acesso ao dinheiro quando necessário, respaldadas pelo FGC.

O FGC é um mecanismo de proteção que assegura o ressarcimento do valor investido em caso de falência da instituição financeira, até o limite de R$ 250.000 por CPF e por instituição. Contudo, há alternativas igualmente seguras e mais rentáveis, como os Certificados de Depósito Bancário (CDB), uma forma de investimento em renda fixa.

Para entender o CDB, é essencial compreender o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), uma taxa de juros utilizada entre os bancos para emprestar dinheiro no mercado financeiro. Muitos investimentos de renda fixa estão atrelados ao CDI, proporcionando rendimentos que acompanham sua variação.

Atualmente, a poupança oferece um rendimento modesto, enquanto investimentos atrelados ao CDI podem render significativamente mais. Neste momento, a poupança tem um rendimento anual de 6,17% + TR, enquanto um investimento que rende 100% do CDI proporciona 12,15% ao ano.

Os CDBs se destacam não apenas pela rentabilidade superior, mas também pela segurança oferecida pelo FGC, semelhante à poupança. Além disso, muitos CDBs disponibilizam liquidez diária, permitindo o saque a qualquer momento, desde que respeitado o prazo de carência, se aplicável.

Daniel Santos destaca que, ao considerar um passo além da poupança, investir em CDBs que rendem 100% do CDI pode ser uma opção segura e rentável. Com a proteção do FGC, liquidez diária e potencial de rendimento superior, é possível fazer o dinheiro trabalhar de maneira mais eficaz, mantendo a segurança.

Para ajudar os investidores a escolherem as melhores opções, Santos sugere consultar gerentes bancários ou especialistas financeiros, considerando as necessidades e objetivos individuais.

Além disso, ele destaca 15 contas digitais que oferecem rendimentos superiores à poupança. Dentre elas, o Pagbank, Neon, Sofisa Direto, 99Pay, PicPay, Will Bank, Nubank, Mercado Pago, Banco Original, C6 Bank, Iti, N26, Player's Bank, Banco Inter e Banco Bari se destacam como excelentes opções para quem busca alternativas mais rentáveis.

Wagner Moraes, economista, especialista em macroeconomia, mercado financeiro e CEO da A&S Partners salienta que a grande maioria dos bancos digitais está oferecendo opções de investimento que superam os rendimentos da poupança.

“Produtos baseados em percentuais do CDI, como CDBs, podem render mais. Por exemplo, o PagBank oferece remuneração automática de 100% do CDI e opções de CDBs que vão de 106% a 108% do CDI”, esclarece.

Segundo Moraes, o Neon tem CDBs que pagam de 105% a 113% do CDI, variando conforme o tempo de investimento. Sofisa Direto oferece 110% do CDI, 99Pay até 220% do CDI com limitações, PicPay rende 102% do CDI, e o Nubank e Mercado Pago oferecem 100% do CDI com opções de CDBs que podem chegar a 140% do CDI.

Wagner Moraes também alerta que para melhores aplicações no mercado financeiro, atualmente, é importante considerar tanto investimentos de renda fixa quanto variável e alternativa, escolhendo aqueles com rentabilidade alta, boa perspectiva de crescimento e risco compatível com o perfil do investidor.

Ele revela que, em renda fixa, os títulos públicos como Tesouro Selic, Tesouro Prefixado, e Tesouro IPCA+ são opções mais seguras e previsíveis, enquanto títulos privados como CDBs, LCIs, LCAs, Debêntures, entre outros, oferecem retornos potencialmente maiores, mas com riscos correspondentes.

“Para uma escolha adequada, é essencial entender o comportamento econômico atual e considerar o perfil de risco do investidor para que escolha opções adequadas, obedecendo a diversificação e objetivos de longo prazo”, sinaliza.

Segundo o gestor financeiro e especialista em investimentos, Marlon Glaciano, o CDBs e Contas Remuneradas neste prazo possuem desconto de 17,5% sobre os rendimentos, isto é, o valor gerado de lucro.

"Cabe ressaltar que esta rentabilidade supera a poupança que atualmente remunera 0,50% + TR. (Média de 0,16%). Em tempos de SELIC em dois dígitos e considerando a regra atual da poupança que remunera 0,50% + TR, faz sentido exercer a inteligência financeira aproveitando as ofertas que os principais bancos digitais oferecem", sinaliza.
Glaciano ainda ressalta que, neste cenário, é indicado substituir a poupança por um produto conservador que remunere ao menos 100% CDI com liquidez diária para ter uma rentabilidade maior e com as mesmas garantias de segurança que a poupança oferece, incluindo o FGC (fundo garantidor de créditos).

"Para quem é leigo ou iniciou agora a sua jornada financeira, é importante entender os principais indicadores econômicos do Brasil, como a taxa Selic que é a taxa base de juros e que atualmente está em 12.75% ao ano, o CDI, índice utilizado para que os bancos emprestem e tomem recursos entre si de um dia para o outro e que vale 0,10 abaixo da taxa Selic, o IPCA, principal índice de inflação do país e a TR, que é um indicador de atualização monetária de algumas aplicações financeiras e operações de crédito", finaliza o especialista.

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