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Mais de 60 milhões de lares brasileiros sofrem com insegurança alimentar, aponta IBGE

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Domicílios onde moram crianças são os mais afetados  |   Bnews - Divulgação Reprodução Pixabay

Publicado em 25/04/2024, às 14h46   Redação BNews


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A insegurança alimentar está presente na vida de quase 64,2 milhões de brasileiros, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2023, aproximadamente 64,2 milhões de pessoas viviam em 21,6 milhões de lares com insegurança alimentar leve, moderada ou grave.

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Esses 21,6 milhões de endereços correspondiam a 27,6% do total de domicílios particulares do país em 2023. Ou seja, 3 em cada 10 casas sofrem com algum tipo de falta de comida.

Porém, esse percentual revela que a insegurança alimentar tem afetado cada vez menos o Brasil se comparado a Pesquisa de Orçamentos Familiares realizada entre 2017-2018, que era de 36,7% ou em números de 25,3 milhões de residências. 

Outro elemento revelado na pesquisa divulgada nesta quinta (25) é que os lares com crianças e adolescentes são os mais afetados. Isso porque quando a residência possui moradores de 65 anos de idade, a insegurança alimentar está presente em 21% dos domicílios. Enquanto nos lares com crianças de 0 a 4 anos, a porcentagem sobe para 37%. 

O QUE É INSEGURANÇA ALIMENTAR?

Mas, algumas pessoas podem se questionar o que é essa "insegurança alimentar" que afeta os lares brasileiros. Nas casas com segurança alimentar existe o acesso regular da comida em quantidade e qualidade nutricional suficientes. Por outro lado, nos domicílios com insegurança alimentar, há uma incerteza do que será consumido no dia seguinte. Porém, esse fenômeno, para especialistas, não é o mesmo que “passar fome”.

Essa falta é dividida em três categorias:

na leve, a qual é uma preocupação quanto ao acesso aos alimentos no futuro. Nessa condição, a qualidade da alimentação é afetada como estratégia para não comprometer a quantidade.

A segunda é o grau moderado, um nível em que os padrões de qualidade de alimentação ficam abaixo do esperado. Exemplo disso é quando a família só pode consumir ultraprocessados porque são mais baratos. Há, também, redução quantitativa da comida entre os adultos.

Quando a situação fica pior, os domicílios com insegurança alimentar são classificados como graves. Nesses casos, a restrição da quantidade de alimentos também afeta as crianças, quando presentes. Ou seja, há uma ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos para todos os moradores, incluindo os mais jovens. Nessa circusntância, segundo o IBGE, a fome passa a ser uma realidade.

Classificação Indicativa: Livre

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