Justiça

Após polêmica, eleição do Sindimed será mediada pelo MPT e Justiça do Trabalho

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Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 11/04/2018, às 10h55   Redação


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Ainda está pendente o resultado definitivo das eleições no Sindicato dos Médicos da Bahia, que passou a depender, neste momento, da participação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Justiça do Trabalho. De acordo com nota publicada no site do sindicato, “logo no início do processo a Comissão fez a constatação de que alguns nomes de candidatos das chapas 2 e 3 não atendiam aos requisitos determinados no estatuto do sindicato, tornando-os, portanto, inelegíveis no pleito. As chapas, entretanto, houveram por bem acatar as inscrições, através de acordo assinado, em nome da celeridade que o processo demandava, embora reconhecessem que tal decisão estivesse em desacordo com o estatuto”.

“Apurados os votos da capital – na data e horário estabelecidos pela Comissão -, restaram pendentes os votos dos médicos do interior, que participam do pleito por correspondência. Embora a postagem das cédulas, com as devidas cartas-respostas, tenha sido feita no prazo estatutário, muitos médicos do interior queixaram-se de que não haviam recebido a correspondência e os votos da maioria não chegaram na urna. É sabido que, além da morosidade habitual dos Correios, houve uma greve naquele período, tudo concorrendo para o atraso verificado”, consta no site.

De acordo com o sindicato, no dia 2 de abril, data limite para apuração dos votos após prorrogações, foi constatado que 86 cartas-respostas não continham carimbos de data de postagem e outras 35 não apresentavam qualquer sinal que identificasse sua passagem pelos Correios: “mais uma vez, a apuração teve que ser suspensa, até que se pudesse identificar a causa do ocorrido e se definissem critérios para a validação ou não daqueles votos. Assim, novamente, a Comissão Eleitoral, acompanhada de representantes das três chapas concorrentes, buscou – sem êxito – junto aos Correios, o esclarecimento dos fatos”.

Por conta disso, houve interpelação na Justiça do Trabalho por parte de médicos sindicalizados que acompanhavam de perto o processo eleitoral, questionando possíveis quebras do Estatuto e, por consequência, a validade do pleito. Além disso, a diretoria do Sindimed e a chapa 2 recorreram ao MPT para uma mediação na definição do processo eleitoral. “Diante de todos os fatos e pelo esgotamento das possibilidades de soluções no âmbito da Comissão, o Dr. Antônio Nery apresentou sua renúncia à tarefa recebida, sendo seguido pela presidente, Dra. Elvira Côrtes, e pelo terceiro membro, Dr. Antônio do Vale Filho, atitude esta aceita pela diretoria do Sindimed”.

A diretoria do Sindimed afirmou em nota que aguarda, agora, “a mediação do MPT, na expectativa de uma solução negociada, que permita a superação do impasse, através da realização de novo pleito, com a observância plena do estatuto da entidade e a participação maciça dos médicos da capital e do interior”. Em vídeo que circula nas redes sociais, o médico e vereador Cézar Leite ironizou a situação: "nosso receio reside pq a chapa 1 ficou meio chateadinha. É uma chapa que está aí há mais de 30 anos, é o mesmo grupo que se acha dono do sindicato. Colocou que nós queríamos tomar o sindicato. Nós participamos de uma eleição, e o colega médico decidiu pela alternância de poder. Isso se chama democracia". 

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