Um hotel localizado no extremo sul da Bahia e que pertencia ao doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, está abandonado e apresenta condições que facilitam a reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, de acordo com informações do G1. O imóvel foi oferecido à Justiça como parte do acordo de delação premiada feito pelo doleiro e está sob custódia do Poder Judiciário.
O Web Hotel Príncipe da Enseada, de quatro estrelas, fica no distrito de Coroa Vermelha, no município de Santa Cruz Cabrália, no limite com a cidade de Porto Seguro, e está fechado há quase dois anos. O imóvel chegou a ser pichado no ano passado.
Segundo a reportagem, o hotel está cheio de entulho e tomado pelo mato, possui uma piscina com água parada e suja, além de objetos plásticos que podem servir de criadouro para o mosquito. Dentro da piscina, na área de lazer, também é possível encontrar pneus, lixeiras, vasilhas e até um fogão e uma geladeira velha.
A Secretaria Municipal de Saúde informou para o site que agentes visitam o prédio periodicamente, para fazer o combate de possíveis focos do Aedes aegypti com aplicação de larvicida. Conforme a superintendência, o índice de infestação do mosquito no município é de 2,1%, enquanto o máximo tolerado pelo Ministério da Saúde é 1%.
Somente nos três primeiros meses de 2016, foram notificados 103 casos suspeitos de dengue e 35 de zika em Santa Cruz Cabrália.
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura da cidade disse que a prefeitura vai fazer a limpeza do local na próxima semana.
