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Protetora do Adão e Cão diz que abrigo pode fechar as portas depois de ter tido água cortada

Arquivo pessoal
Protetora faz um apelo à sociedade para que o abrigo não feche as portas devido às dívidas que foram adquiridas ao longo dos anos  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 19/08/2021, às 18h15   Redação BNews



O abrigo Adão e Cão, que presta assistência aos animais abandonados e maltratados de Salvador há mais de 22 anos, enfrenta o medo de ter que fechar as portas por causa das dívidas adquiridas para manter a instituição. A protetora responsável pela entidade, Iane Magalhães, explicou ao BNews que a água do local foi cortada, na quarta-feira (19), pela Embasa e que eles não têm condições de pagar o valor que devem à empresa, por isso, precisam de mais doações. 

“Esse é o trabalho que fazemos no abrigo: salvamos vidas”, afirmou a dona da entidade de proteção animal Adão e Cão, que já resgatou e promoveu adoções de mais de sete mil animais. "Uma luta sofrida. Já resgatei, tratei e encaminhei para adoção mais de sete mil animais nesse período. O custo hoje para manter nosso abrigo com 312 animais é de 28 mil reais por mês com despesas com ração, aluguel do sítio [local onde os pets ficam], água, luz, salário e transporte dos funcionários, controle de parasitas, medicações, alimentação, entre outros”, disse a protetora ao BNews

Iane explica que a conta de luz do abrigo foi cortada por causa de uma dívida de cerca de 17 mil reais com a Embasa. “Como vou cuidar de 312 animais sem água? Cadê a tarifa social a que temos direito? Fazemos gratuitamente o trabalho do poder público e ainda somos castigados por isso. O que eu faço agora? Deixo os animais morrerem de sede? Deixo eles no ambiente sujo? Estou cansada de lutar por esses seres sem apoio do poder público”, declarou. 

A conta de água do abrigo chegou a 17 mil reais porque o abrigo teve um vazamento em uma de suas encanações. “Isso triplicou o consumo de água, que já não é pequeno, porque fazemos a limpeza do local, limpeza dos pets e eles ainda precisam beber água”, disse a protetora.  

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A dívida do abrigo com a Embasa foi dividida, os protetores conseguiram pagar as primeiras parcelas, mas o custo era muito alto e, com a pandemia, as doações diminuíram muito e a entidade não conseguiu cumprir com o parcelamento. Iane conta que deve o salário dos funcionários desde maio e que a maioria já pediu demissão. Além disso, a protetora também precisa pagar o aluguel do sítio do mês de julho.

“Agora, com a água cortada, eu não sei como vai ser, já é uma luta diária para conseguir ração. Eu tenho animais que pararam de fazer tratamento porque não tem medicação para dar. Sem água não dá pra manter eles, eu não sei o que vou fazer se o abrigo fechar, são 312 animais”, destacou a protetora. “Fazemos um trabalho muito sério, mas precisamos de apoio para continuar”.

Para salvar o abrigo, os protetores precisam arrecadar 20 mil reais, fora a dívida da Embasa, de R$ 16.554. Ao parcelar esse valor, Iane explica que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento adicionou juros e o valor total subiu para R$ 24.118. “No parcelamento, a gente teria que pagar cerca de 400 reais por mês e a gente não tem esse dinheiro porque, além desse valor, ainda temos que arcar com as contas que chegam todo mês. Também não temos um advogado para negociar com eles”, disse a protetora.  

Para salvar o abrigo Adão e Cão, onde os protetores abrigam mais de 300 animais atualmente, você pode doar algum valor através das contas abaixo:

Classificação Indicativa: Livre

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