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Produtores de café do Brasil terão alívio na oferta em 2024, diz associação

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Os preços do café começaram a subir desde o final de março  |   Bnews - Divulgação Pixabay

Publicado em 14/07/2022, às 19h31   Redação BNews



Com a colheita de uma safra abaixo do esperado em 2022, o Brasil deve ver um aumento na produção de café em 2023, mas segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), um alívio para os estoques apertados só deve ser sentido a partir de 2024.

Pavel Cardoso disse em entrevista à Reuters que a firmeza das exportações e do consumo nacional de café não dá margem a problemas climáticos, o que explica os preços futuros sustentados da commodity, enquanto o mercado físico não recua apesar da colheita já avançada no país.

Os preços do café começaram a subir desde o final de março, quando os produtores no Brasil começam a se preparar para a colheita. Os preços do café arábica subiram cerca de R$ 100 por saca, para cerca de R$ 1.350, segundo indicador do Cepea/Esalq.

“A partir de 2024, é possível que tenhamos oferta maior, mas no horizonte de 18 meses não se vislumbra mudança no cenário de aperto”, disse ele.

O presidente disse ainda que o país tem exportado 40 milhões de sacas ao ano, enquanto a demanda brasileira se aproxima de 22 milhões de sacas ao ano, o que resulta na redução de estoques.

Na entrevista o presidente da Abic avaliou que as geadas de 2021 colaboraram para uma inversão de ciclo bianual do arábica em 2022, o que o leva a crer que em 2023 a produção poderá superar a deste ano.

“Mesmo com uma boa oferta em 2023, considerando safra de 65 milhões de sacas, por exemplo, a exportação de 40 e consumo de 22, dentro deste cenário, se não tiver boas chuvas na florada (para 2023) e se tiver qualquer evento climático negativo, novamente teremos oferta justa na próxima safra”, afirmou.

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