Eleições 2020: Ainda dá tempo de mudar?

Depois de muitos anos vivendo mais de 100 eleições como candidato, politico ou dirigente partidário, tem sido muita rico ver estas eleições na função de palestrante, consultor e/ou mentor político. 

No dia 15 de novembro, só teremos 2 (dois) resultados nas eleições de 2020 para os candidatos, vitória ou derrota. Eleição não tem empate.

MUDANÇA

Após críticas, Davi faz mudança radical em retorno ao RS; confira

Suspeita de embriaguez

Empresário que dirigia Audi bate em carro de aplicativo e deixa três feridos

E porque se vence ou se perde uma eleição? 

Esta é uma equação complexa e com muitas variáveis, não se vence ou perde eleição por um único motivo. 

Difícil lidar com o humor ou desejo do eleitor de votar em você, com a força dos seus concorrentes, com a falta de credibilidade do politico e no caso das eleições de 2020, com as limitações impostas pela pandemia.

E o candidato precisa focar naquilo que está sobre seu controle, a escolha do partido, a organização de sua campanha, um bom trabalho de comunicação, construção de boas propostas de trabalho, entre outros elementos.

Você não controla os ventos, mas, pode controlar as velas, este é o espirito deste artigo.

Você que é candidato nas eleições de 2020 está ciente que faltam aproximadamente 20 dias para o chamado dia “D”? Como dissemos durante estes meses, “15 de novembro é logo ali”. 
Considerando este fato, vale você que é candidato, fazer uma avaliação da sua caminhada até aqui se fazendo algumas perguntas:

1.    O que tenho feito até agora na campanha e devo continuar fazendo até o dia 15/11/20?

2.    O que tenho feito até agora na campanha e devo parar de fazer até 15/11/20?

Dito isto, vamos através deste artigo lhe ajudar a responder com mais assertividade as questões acima, apontando alguns erros que muitos candidatos a vereador e Prefeito têm cometido nestas eleições, na Bahia e em outros Estados do Brasil.

O primeiro erro e um erro mortal é a falta de planejamento, organização e gestão da campanha. Este tipo de candidato não define o mínimo de planejamento das etapas da campanha, os objetivos destas etapas e as ações prioritárias de cada uma destas etapas.

O segundo erro é não ter feito um mapeamento da sua identidade, da sua história, da sua experiência e dos seus ativos, podendo definir melhor como apresentar a sua candidatura e o porquê você é candidato. 

O terceiro erro é a falta de disciplina, este candidato geralmente é extremamente desorganizado, não define agenda de atividades, se atrasa para os compromissos, não cumpre a agenda definida ou até esquece-se da agenda. 

O quarto erro é a falta de preparação e qualificação para uma campanha tão competitiva e inédita como estão sendo as eleições de 2020. Este candidato não se prepara para as eleições, não estuda o cenário da sua cidade e não estrutura as propostas de trabalho.

O quinto erro é o não entendimento, adequação e cumprimento da legislação eleitoral, este erro além de gerar multas, punições e reprimendas públicas, gera uma antipatia do candidato junto ao eleitor.

O sexto erro é que temos candidatos que além de ter perdido toda a fase da pré-campanha, ainda não acordaram que a eleição é dia 15 de novembro, ficaram hibernando no cenário da pandemia, foram engolidos pela “frieza” das eleições virtuais de 2020.

O sétimo e último erro é a quase que uma total ausência de estratégia na área de comunicação, marketing e redes sociais. Este talvez seja um dos piores erros, por exemplo, com a febre das redes sociais, lives e whats app, o candidato acredita que a presença neste mundo digital é suficiente, sem se preocupar com a estratégia, a qualidade e o conteúdo das postagens. Outra questão nesta mesma temática é a indefinição da conexão desta estratégia com as etapas da campanha.

Podem, devem e existem outros erros, mas, sem dúvida os erros aqui apresentados são cruciais para você garantir que irá perder a eleição, mesmo que seu eleitor não queira. Ainda há tempo de mudar.

Heraldo Rocha é médico, Gestor Público, Ex-Deputado Estadual e Mentor nas áreas de Gestão Pública/Politica Eleitoral.